Era aniversário de Felipe e sua mãe estava demorando a chegar. Da janela do seu quarto, ele cuidava ansioso cada carro que dobrava a esquina.
De repente percebe a mãe chegando. No banco de trás do carro havia uma caixa de papelão e para surpresa de Felipe a caixa parecia se movimentar!
Seu coração batia acelerado enquanto descia as escadas correndo. Sentia sua boca seca e mal conseguiu abrir a porta com sua mãozinha gelada.
Viu sua mãe carregar a caixa pelo caminho até o gramado úmido do quintal.
-Venha Felipe, venha até aqui, chamou a mãe.
-Agora sente-se e feche os olhos.
A mãe pegou a mãozinha do filho e colocou dentro da caixa.
-Tente adivinhar Felipe!
Felipe deslizou as mãos em um pelo macio, sentiu o calor de um pequeno animal, suas orelhas pontudas e ema cauda fina e pequena.
Percebeu que ele estava acordando e ouviu um chorinho. Ao mesmo tempo sentiu sua mão ficar toda molhada pela língua àspera do animalzinho. Havia um cheirinho de leite vindo da caixa.
-Mamãe! Que alegria!- Gritava o garoto enquanto abria os olhos e se deparava com um cachorrinho marrom com manchas brancas nas patas e na cauda.
-É o melhor presente do mundo!- Dizia Felipe correndo entre os arbustos do quintal com o cachorrinho no colo- Ele é mais lindo do que eu havia imaginado!
-Obrigado mamãe!
A mãe de Felipe então falou:
-Felipe, ele é apenas um filhote e vai precisar de muitos cuidados, alimentação correta, banhos e passeios.
Felipe sentiu que precisaria ser muito responsável para cuidar do seu novo companheiro, mas algumas lambidas no seu nariz lhe fizeram pensar que valeria a pena!
Eliziane Nicolao Lobo Pacheco é cronista e escritora de livros infantis.
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